sábado, 1 de dezembro de 2012

Homenagem ao povo palestino e reflexões sobre o espírito consumista do Natal. Por Antônio da Cruz




Este texto foi produzido há alguns anos para o Cinform. Como a ONU acaba de reconhecer parcialmente o Estado Palestino, cabe postá-lo aqui para homenagear o povo e em especial as crianças palestinas. Ah! o texto também abomina o consumismo que somos levados a praticar. Em tempo de boicote aos shoppingcenteres é bom refletirmos igualmente sobre este assunto. A paz e o “espírito papainoelino”





A cidade está bem iluminada. É sempre assim no período natalino, ou “papainoelino”? A prefeitura capricha graças ao IPTU que cada cidadão paga. A população merece. Neste frenesi assumo a ansiedade de olhar vitrines coloridas e luminosas. Acompanho o ritmo das luzes com os olhos. Nessa inquietude segue também o pensamento, na indecisão de saber qual é o mais bonito ou o mais intenso dos arranjos luminosos, o quê comprar, qual o presente mais interessante, o quê vai agradar ao presenteado.

Num lugar distante do meu país, um menino que sai de casa se depara com um muro gigantesco em altura e comprimento. Tem de contorná-lo. Irá até o posto de fronteira, onde mesmo criança, terá revistada toda a roupa, o visto para transitar, a bolsa e todo o conteúdo. Poderá ouvir insultos, mas calará. Irá para o outro lado do mesmo bairro separado pelo muro.

Eu adulto, a milhares de quilômetros, cá me faço criança percorrendo as pequenas distâncias entre um centro de compra e outro, a adquirir os presentes para os pequeninos da família, que são muitos. A satisfação da compra feita, o brilho no olhar, o sorriso de agradecimento, o cumprimento festivo e o expresso desejo de bom natal e feliz ano novo fazem o burburinho nas lojas e nos corredores desses centros.

Ele, o menino cujo nome hipotético poderá ser Mustafá terá de enfrentar o sol e a longa distância naquela terra tão disputada, de nomes familiares, tamanha a repetição pela imprensa: Faixa de Gaza, Hebron, Jericó... É o território Palestino de aridez aguda e batalhas fratricidas entre judeus e árabes pela sua posse. Povos fabulosos, originalmente praticamente irmãos, de grandeza e sabedoria invejáveis, isto provado ao longo da história.

Passo agora numa das praças principais da minha cidade, onde há um grande presépio. É a mais expressiva lembrança do nascimento de outro menino, na cidade de Belém, que revolucionou grande parte do mundo com sua mensagem singular e atemporal: paz e amor entre os homens, num período de ocupação opressora do antigo império romano, naquela mesma região, onde nasceu e mora o menino Mustafá.

De família cristã, Mustafá se sente agraciado pelo milagre de estar vivo, até ali, e poder se locomover até a casa do avô em terras onde o credo maior é em Alá e Jeová. O cristianismo ali é secundário e o povo palestino é odiado pelos judeus e rejeitado pelos próprios árabes, largados nos campo de refugiados. Os palestinos são estrangeiros no que poderia ser oficialmente seu país, pois, se constituíram palestinos antes da chegada dos otomanos, dos egípcios contemporâneos e dos ingleses, o povo mais estrangeiro que já ocupou aquela terra, e apoiou diretamente os judeus a se estabelecerem violentamente ali, sob o mesmo argumento da ancestralidade que os palestinos invocam para permanecerem também.

Vejo o presépio; é estático; uma representação plástica do momento de adoração dos chamados Reis Magos, após o nascimento de Cristo, um judeu pobre, filho de um marceneiro e uma mulher, na compreensão de hoje: uma jovem dona-de-casa. O casal se deslocou da sua moradia, distante, para atender a uma ordem do império romano. Sempre os impérios a darem ordem.

Há quem lembre que os judeus deram ao mundo dois grandes homens: Cristo e Marx, mas os judeus não são nem cristãos nem marxistas. O povo árabe condicionou o ocidente, então bárbaro até o século XV, à civilização racional que lhe faltava para desembocar na idade moderna. O povo judeu (Israelita), não reconhece em Cristo o salvador prometido, logo, não seria Cristo o filho de Jeová (Deus), que salvaria o povo dos seus martírios: êxodo, escravidão e massacre; o Islamita (a maioria árabe), não reconhece em Cristo o filho de Alá (Deus), mas, apenas um profeta, sendo Maomé o mais importante.

Observo que, enquanto o presépio é inanimado e atrai mais as senhoras comovidas e poucos homens adultos curiosos, distante apenas um quarteirão dali, a mensagem mais intensa e movimentada é apregoada e eu me sinto novamente impulsionado. Tem a ver com que eu estou fazendo: consumindo. O Papai Noel num trono, bem no cruzamento das duas ruas para pedestres mais movimentadas, estimula a imaginação das crianças que lhe rodeiam e encorajam os adultos a fazerem a gastança. Inebriado pelo clima papainoelino, esqueço os limites do orçamento doméstico e mando ver...

Quando os ingleses saíram da Palestina as Nações Unidas articularam a divisão do território em dois Estados, um judeu e um árabe proporcionais à população. Tanto árabes quanto os judeus, que já haviam feito vários acampamentos e detonado muitos árabes, não concordaram. Começaram as guerras. O ódio tem sido alimentado com as intromissões estrangeiras que, conforme seus interesses econômicos na região fornecem armas e todo o apoio logístico a ambos os lados, para ataques mútuos. Quem mais faz isso? As grandes nações cristãs. Nestas guerras, marcadas pela incapacidade de convivência, muitos Mustafás não chegaram ao seu destino.

O ocidente cristão diz querer a paz para construir os dois Estados independentes. Como o amor ao deus-dinheiro é maior do que o desejo da paz cristã entre os homens, a referência a Cristo pelos promotores da paz continuará sendo apenas um presépio. Os conflitos continuarão a abastecer a indústria dinâmica, histérica, odiosa, mas, lucrativa da guerra. O papai Noel dos magnatas das armas é sempre generoso. Pelas facilidades tecnológicas atuais há sempre quem saque dinheiro eletrônico, que já não é seu, para gastar mais do que pode. O estrago é o esperado. Claro, onde papai Noel é só animação, a paz cristã é estática e enfadonha.

Agora, cá entre nós, depois de me enfeitiçarem com as luzes do espírito “papainoelino” e gastar o que eu não tinha, quero ver quem vai me ajudar a pagar o novo IPTU que vem por aí. Bem, eu preciso ter paz!

Antônio da Cruz
Artista Plástico, poeta e colunista do Jornal Cinform

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

PROJETO DE LITERATURA ALMA BRASILEIRA
CONVITE

ENCERRAMENTO DOS NOSSOS TRABALHOS NO ANO 2011

NA ACADEMIA DE CULTURA DA BAHIA.


Faculdade Dois de Julho, Av.Leovigildo Filgueiras – Garcia, á partir das 16hs –Salvador -Ba

O PROJETO ALMA BRASILEIRA ENTREGA CERTIFICADO "Destaque 2011" DE MELHOR ESCRITOR E POETA

DIA 16/12/2011


Para o Escritor Mirim - Lucas Yuri Bisbo Pinto, autor do livro infantil ( A ARANHA VAIDOSA) e o Poeta Advogado,Artista e Escritor,Marcos Peralta, autor do livro (UNS CANTOS DO VIVA MACCACA).


Lucas Yuri Bispo Pinto tem apenas nove anos e já escreveu quatro livros de História, o carro chefe e mais vendido é o recém-lançado na Bienal da Bahia esse ano, A ARANHA VAIDOSA. Lucas é uma criança bem humorada e inteligente que deixa uma mensagem de para todos nós através do seu livro,Ele é um incentivo para essa galerinha que esta despertando para a leitura .

Marcos Figueiredo Silva,Marcos Peralta formou-se advogado pela UFBA em 1997, depois de diplomado, decidiu seguir o caminho da Praça. Batalha sua sobrevivência por amor através da poesia no grito. E grita bem alto: “Sou um Poeta Palhaço!”. Se apresenta sempre com uma peruca de pedaços de panos coloridos que dá vida ao palhaço Peralta, que por sua vez da vida ao Poeta. Marcos é o "palhaço Poeta" de todas ás praças,de todos os projetos , de Feiras de Livros , de Escolas e ONGs ,onde se apresenta com o mesmo entusiasmo que gritou a poesia em todos os dias na 10º Bienal do Livro na Bahia.



Apoio Cultural :Academia de Cultura da Bahia, Editora VirtualBook,F2J -Faculdade Dois de Julho, JORNAL O LIBERAL-Aracaju\SE-Rádio Brasil Casul-Aracaju \SE.Revista Salvador Acontece- Ba





Sandra L.Stabile

Presidente


Carlos Conrado

Diretor Coordenador -Aracaju -SE

Ivone Alves Sol

Assessoria Geral


INSCRIÇÃO PARA OFICINA ESCOLA 2012 PELO E-MAIL :oficinaescola2012@hotmail.com

DOE LIVROS PARA REALIZAÇÃO DAS OFICINAS DE LITERATURA NAS ESCOLAS E DISTRIBUIÇÃO


Projeto Cultural Alma Brasileira

www.almabrasileirapoema.blogspot.com

Telefone:32415122 -36783082 - 91783788 (Tim)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Carlos Conrado será empossado na ACB - Academia de Cultura da Bahia

Carlos Conrado será empossado na ACB - Academia de Cultura da Bahia

Carlos Conrado pelas lentes de Moema Costa


CONVITE

O poeta e artista plástico, Carlos Conrado, baiano natural de Ourolândia- Jacobina, mas residente em Sergipe desde o ano 2000, será empossado na ACB – Academia de Cultura da Bahia, nesta sexta-feira, 16 de dezembro de 2011.

Conrado foi indicado pela academica e Presidente do Projeto Alma Brasileira, Sandra Stabile de Queiroz, e foi eleito por unanimidade na recente Sessão Extraordinária da ACB, presidida por Benjamim Batista de Macedo Filho.

Honrado e feliz com título, o academico eleito expressa:

- “Nunca pensei que mesmo residindo fora da Bahia, realizando a maior parte dos meus projetos culturais em Sergipe, poderia voltar ao berço onde nasci, como alguém interessante a compor o Sodalício de uma casa tão respeitada e admirada!...”

Vale destacar que Conrado participou de atividades marcantes na Bahia, como por exemplo:

Expositor na 9º Bienal do Livro, convidado por Valdeck Almeida de Jesus, do Fórum Social Mundial na UNEB – Universidade Estadual da Bahia, com o lançamento da obra “O Aeronauta” e também destaque do sarau oficial. Colabora, desde a fundação, com o Projeto Fala Escritor – Coordenado por Leandro de Assis na Livraria Mega Store Saraiva do Salvador Shopping. Como artista plástico, participou de exposições coletivas no MAC- Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana. Organizou intercâmbios com artistas e escritores baianos e sergipanos. Atualmente representa o Projeto Alma Brasileira em Sergipe.

A cerimônia faz parte da programação da Federação das Academias de Letras e Artes da Bahia (FALA, BAHIA). Entidades presentes: Academia de Cultura da Bahia, Faculdade 2 de Julho, Faculdade Hélio Rocha, Instituto Geraldo Leite e Academia Maçônica de Letras da Bahia.

Homenageados: Marcos Medeiros, Lidivaldo Reaiche R. Brito (Procurador do Estado), Marta Cristiane Oliveira da Silva, Juiz de Direito Ruy Britto (Capital), Juiz de Direito Emílio Salomão Pinto Resedá, Prefeita Fátima Nunes (E. da Cunha), Prefeita Cecília Petrina de Carvalho (Itiúba), Prefeito José das Virgens (Irecê), Deputado Federal José Nunes Soares, Senador Walter Pinheiro (já é membro da ACB e será homenageado), José Antônio Oliveira de Santana (Pres. CDL de E. da Cunha).

Orador Oficial: Josué da Silva Mello (saudação e despedida a todos referendando o ano 2011 quando recebeu o título honorífico de Cidadão Baiano outorgado pela Assembleia Legislativa).

À solenidade de posse terá inicio a partir das 16:00 hs na Capela do Colégio 2 de Julho – R. Leovigildo Filgueiras 81 (Garcia). estacionamento gratuito e com segurança, entrando na esquina em frente ao Colégio Antônio Vieira (R. Cônego Pereira Marinho) e procurar o portão azul que dá entrada ao pátio da F2J.

Para saber mais sobre o escritor e artista plástico, Carlos Conrado, favor acessar os blog´s:

www.artistacarlosconrado.blogspot.com

www.conradoemtextos.blogspot.com


domingo, 11 de dezembro de 2011

Carlos Conrado é entrevistado por Valdeck Almeida de Jesus

CARLOS CONRADO É ENTREVISTADO

POR VALDECK ALMEIDA DE JESUS

Carlos Conrado, natural de Ourolândia, Jacobina-BA, vive em Aracaju desde o ano 2000. Poeta, escritor, designer gráfico, ator e artista plástico. Atualmente é sócio e co-fundador da AAPLASA - Associação dos Artistas Plásticos de Aracaju. É autor dos livros solos “Poesia Condenada”, “O Aeronauta entre a Razão e a Loucura” e “A Kombi de Prosa e Poesia” (parceria com Valdeck Almeida de Jesus). É editor da revista Locozines, Revista da Cultura Emergente. Tem textos publicados em diversas antologias, entre elas: Coletânea Eldorado VI; Celeiro de Escritores; Coletânea Impressões. Arcádia Literária Estudantil; Antologia Poética Ano 3. Prêmio Valdeck Almeida de Jesus; Poetas pela Paz e Justiça Social, VI; e Antologias do Projeto Alma Brasileira. Também possui publicações em revistas como: The Moon Ligth of Corea, Corea do Sul e ArtPoesia,. Salvador-BA. É colaborador do Jornal O Capital, Aracaju-SE; Vice Presidente da Casa do Poeta Brasileiro de Aracaju; Membro Imortal da Arcádia Literária, Patrono Dias Gomes; Cônsul do Movimento Poetas Del Mundo em Aracaju; Ex Diretor de Comunicação da ASAP - Associação Sergipana de Artistas Plásticos; Ex Assessor da Academia Sergipana de Letras; Membro do Recanto das Letras e Overmundo.


Gosta de pintar seus próprios sonhos, utiliza-se de técnicas variadas para compor suas obras. Também gosta de esculpir. Foi membro do Núcleo de Cerâmica da Universidade Federal de Sergipe e participante do curso “Linguagem e Ações na Matéria” – ministrado pelo Prof. Dr. Evaristo Navarro – Universidad Politecnica de Valencia – Espanha.


Concedeu entrevista para o Jornal e Rádioweb de Portugal, RAIZONLINE, na qual falou de suas diversas atividades no campo da cultura. Foi capa do Jornal Estalo – editado pelo escritor mineiro Luiz Lyrio. Teve um especial Arte do Povo – TV Sergipe, o qual biografou a sua trajetória artística. Colabora com o Jornal O Liberal – Laranjeiras-SE. Fundou e Preside o Movimento Cultural A Plêiade.


VALDECK: Quando e onde nasceu?

CONRADO: Nasci em Ourolândia – antiga Ouro Branco, distrito

de Jacobina–BA, em 1986.


VALDECK: Já conhece o restante do Brasil? E outros países?

CONRADO: Conheço apenas Sergipe, onde estou residindo; Bahia, onde nasci; Pernambuco, Minas, Rio de Janeiro e São Paulo. Não conheço outros países ainda.


VALDECK: Como você começou a escrever? Por quê? Quando foi?

CONRADO: Comecei a escrever aos 12 anos, pois fui participar de um concurso de poesias num povado onde eu residia e acabei me saindo vencedor. A partir dali, o meu primo e poeta Thiago Amorim me incentivou a escrever mais, ler mais e cada vez melhor.


VALDECK: Você escreve ficção ou sobre a realidade? Suas obras são mais poesias ou prosa? O que mais você gosta de escrever? Quais os temas?

CONRADO: Escrevo de tudo! Como diz Leminsk: “Eu não discuto com o destino, o que pintar eu assino!”.


VALDECK: Qual o compromisso que você tem com o leitor, ou você não pensa em quem vai ler seus textos quando está escrevendo?

CONRADO: Ser sincero com eles! Fazer com que eles saibam o limite das terras em que a minha loucura habita.


VALDECK: O que mais gosta de escrever?

CONRADO: Poesia.


VALDECK: Como nascem seus textos? De onde vem a inspiração? E você escreve em qualquer hora, em qualquer lugar ou tem um ritual, um ambiente?

CONRADO: Em grande parte do meu lirismo. Minhas pertubações. A qualquer hora, literalmente. Às vezes caminhava com blocos de papel ou cadernos, pois a ideia muitas vezes surgia quando eu estava no trânsito, numa padaria ou até mesmo namorando.


VALDECK: Qual a obra predileta de sua autoria? Você lembra um trecho?

CONRADO: “Eu sou a Loucura mãe da Revolução, quando nasci não interessa, pois não é para isso que vim. Conheço e condeno todas as forças que lutam contra mim. Sou o elo que liga os homens aos outros deuses. Sou a incentivadora de todos os ideais. Sou o retrato da coragem! Ao contrário da Razão-Equilibrio que é uma senhora derrubada e medrosa. Sou poderosa e estou em tudo e em todos. Sei fascinar sem precisar usar esta casca que me reveste. Sou pura, boa e completa. Sou dona da liberdade, sou sua amante...“.


VALDECK: Seus textos são escritos com facilidade ou você demora muito produzindo, reescrevendo?

CONRADO: Alguns brotam como psicografias, outros vou moldando, experimentando, assim como faço com as telas que pinto.


VALDECK: Qual foi a obra que demorou mais tempo a escrever? Por quê?

CONRADO:. Está sendo “O Numismático”, devido às pesquisas sobre a Alemanha, sua história, costumes e cultura.


VALDECK: Concluiu a faculdade? Pretende seguir carreira na literatura?

CONRADO: Pretendo concluir em breve! Quero, sim, seguir carreira na literatura, mesmo que não seja algo tão rentável aqui no Brasil.


VALDECK: Qual o escritor ou artista que mais admira e que tenha servido como fonte de inspiração ou motivação para seu trabalho?

CONRADO: Castro Alves, Bocage, Álvares de Azevedo, Cruz e Sousa, Nietzsche e Erasmo de Rotterdam.


VALDECK: O que você acha imprescindível para um autor escrever bem?

CONRADO: Antes de tudo, ler bastante. Ler os clássicos, seus movimentos e representações é imprescendivel, pois só assim entenderá o que está escrevendo e se está indo no caminho certo. Essas leituras também não podem ser vividas ao pé da letra, pois elas servem somente como alicerce de sua obra e não como os tijolos que a tornam vista.


VALDECK: Você usa o nome verdadeiro nos textos, não gostaria de usar um pseudônimo?

CONRADO: Acho o meu nome bonito e artístico. Sinto-me como um ator mexicano! (risos). Tenho alguns textos produzidos com o pseudônimo de Valentin Lencastre, um personagem meu num projeto de cartas, em parceria com o poeta Thiago Amorim. As cartas, que não são portuguesas e sim francesas e alemãs, foram ambientadas no século XIX. É um projeto interessante que tenho interesse em retomar.


VALDECK: Como foi a tua infância?

CONRADO: Não foi das melhores e isto posso garantir! Há um texto em que Marcelo Laseña fala sobre isto. Visita: http://conradoemtextos.blogspot.com/2010/06/carlos-conrado-uma-pincelada-em-sua.html. Não comento, pois a ferida ainda sangra! Mas estou em paz comigo e com todos.


VALDECK: Você é jovem, gasta mais tempo com diversão ou reserva um tempo para o trabalho artístico?

CONRADO: Sou um jovem diferente! Tenho muitos conhecidos, amigos, me considero uma pessoa carismática, mas o que gosto mesmo é do tempo em que me dedico a produzir. Adoro a solidão como cenário. Já fui chamado de autista, esquisito, louco. Estavam todos certos.


VALDECK: Tem um texto que te deu muito prazer ao ver publicado? Quando foi e onde?

CONRADO: Os textos que mais gosto de verem publicados são aqueles que incomodam e despertam reflexões mútuas. “O fim de uma doutrina”, “Quando matamos Deus” e “Eu sou a Loucura” me renderam gozos inesquecíveis.


VALDECK: Você tem outra atividade, além de escritor?

CONRADO: Diria que minha maior atividade e a qual toma maior parte do meu tempo é a gestão cultural. Sempre estou desenvolvendo projetos. Não consigo ficar parado. As artes gráficas, cênicas e plásticas são outras cartas que guardo na manga.


VALDECK: Você se preocupa em passar alguma mensagem através dos textos que cria? Qual?

CONRADO: Meus textos não só criticam a sociedade e o momento em que vivemos, mas também exploram e buscam entender a condição do homem e sua natureza. Psicose, neurose e a loucura são despidas em minha mente. Gosto da Loucura como objeto central da minha obra. Tenho Erasmo de Rotterdam como o meu padrinho maior.


VALDECK: Qual sua Religião?

CONRADO: Tenho Deus como meu guia, amigo e protetor e isto me basta! Respeito todas as outras, pois já passei por várias. Sou uma espécie diferente de evangélico. O que me custa os comentários de desviado, ateu e por aí vai. Gosto de usar a religião como objeto da minha arte, pois é um universo vasto de segredos dos quais são desvelados a cada dia. Tenho fé no Grande Arquiteto.


VALDECK: Quais seus planos como escritor?

CONRADO: Meu primeiro objetivo é lançar o meu 1º romance, intitulado “O Numismático”, que já está no prelo. Esta obra me rendeu várias noites de insônia e várias pesquisas, pois toda a sua história é ambientada na Alemanha. Para ser mais preciso, nas cidades de Weimar e Eisenach. Trata-se da ganância da humanidade e o preço que o ser humano está disposto a pagar para possuir o que tanto deseja. Também estão inseridos os conflitos da mente humana e uma paixão avassaladora.

Mudando de assunto! Tenho o sonho de construir bibliotecas comunitárias ou pontos de leituras. Tenho ultimamente esboçado este projeto e pretendo um dia executá-lo. O país precisa ler mais, isto é fato.

Estou inserido na diretoria do Fórum Permante do Livro e Leitura de Sergipe e isto tem me rendido muitos outros sonhos.

Nas artes plásticas, pretendo iniciar um circuito de intercâmbio neste ano de 2012. O artista que não mostra a sua arte é um ser morto para a sociedade! Não quero ficar nesta categoria (risos). Meus blogs: www.conradoemtextos.blogspot.com e www.artistacarlosconrado.blogspot.com


(*) Valdeck Almeida de Jesus é escritor, poeta e editor, jornalista formado pela Faculdade da Cidade do Salvador. Autor do livro “Memorial do Inferno: A Saga da Família Almeida no Jardim do Éden”, já traduzido para o inglês. Seus trabalhos são divulgados no site www.galinhapulando.com


Fontes:

http://www.galinhapulando.com/visualizar.php?idt=3378037

http://www.brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=48082


quinta-feira, 17 de novembro de 2011




PROJETO DE LITERATURA ALMA BRASILEIRA
Mais um momento proporcionado para vocês escritores e Poetas ,
II ENCONTRO ESTADUAL DE CULTURA NA BAHIA.DIA 19-11-2011-Faculdade de Medicina da UFBA-Pelourinho das 9 ás 19 hs.

Estaremos no encontro com uma mesa de exposição de livros ,autógrafando e realizando inscrição para o II CONCURSO NACIONAL DE POESIA E CONTO MÃOS QUE FALAM.

Autores que participam da exposição e de autógrafo - Lucas Yuri ,Yasmin Manatta Canardeli,Carlos Pronzato,Ivone Alves Sol,Sandra L.Stabile,Cymar Gaivota,Miriam de Sales

AUTORES PARTICIPANTES LIVROS: VIDA EM VERSO-POEMA (Yasmin Manatta - 17 anos, "UM DIA DE ESPERANÇA",ANTOLOGIA MÃOS QUE FALAM,A ARANHA VAIDOSA (Lucas Yuri ) 9 anos,SOLvendoSetidos (Ivone Alves Sol) CHE(Carlos Pronzato e as Antologias de Crônica e 2ª edição daAntologia Amor em Verso e Prosa(Sandra L.Stabile),Primeiro Passo( Diná Fernandes) . Vencedora do 1º Concurso Nacional Mãos que Falam.

É com alegria e muito respeito ,que levamos o seu nome na nossa mesa cultural, no II ENCONTRO ESTADUAL DE CULTURA DA BAHIA, se não fosse por vocês, nossos artistas principais, nossas oficinas nas escolas com distribuição de livros para crianças não seria possível.

O Projeto Alma Brasileira já publicou sete Antologias organizadas por Sandra L.Stabile Queiroz . As Antologias são temáticas, e dia 19-11-2011 estaremos expondo junto com a Diretoria do PABRA.

Em 2009 o projeto lançou duas Antologias em São Paulo na (Casa das Rosas) Casa de Cultura Haroldo de Campos , com o apoio do governo do estado e da Casa das Rosas. Hoje ,dispomos de mais de Dois Mil autores cadastrados no Alma Brasileira, envolvendo autores inscritos no CONCURSO NACIONAL DE POESIA -MÃOS QUE FALAM, e participantes das nossas Antologias.

Apoio cultural:Coletivo Estadual de Cultura do PCdoB,Fundação Mauricio Grabois. Uma iniciativa laudável para divulgação da nossa cultura.

O Projeto Alma Brasileira receberá vocês Poetas de braços aberto na FACULDADE DE MEDICINA DA UFBA.

Na nossa programação será realizado autógrafo com o autor mirim Lucas Yuri,autor do livro de história ( A Aranha vaidosa) e IvoneAlves Sol (SOLVendo Sentidos).

Aproveitamos a oportunidade para convida-los á participar conosco de mais um momento, nossa exposição de livros noENCONTRO ESTADUAL DA BAHIA, com o tema Cultural, Politicas Pública de Cultura. Realização: Colégio Estadual de Cultura do PCdoB-Bahia, (Fundação Mauricio Grabois) dia 19 de Novembro, das 9h ás 19h,na Faculdade de Medicina da UFBA-Pelourinho. Coordenador Geral Javier Alfaya.

Para participar contate nos pelos Email:almabrasileira1999@hotmail.com

MSN:almabrasileira1999@hotmail.com

Tel:71 91783788 - 71 36783082

Sandra L.Stabile

Presidente

Carlos Conrado

Coordenador -Aracaju -SE

Ivone Alves Sol

Assessoria Geral

DOE LIVROS PARA REALIZAÇÃO DAS OFICINAS DE LITERATURA NAS ESCOLAS E DISTRIBUIÇÃO

Projeto Alma Brasileira Portal da Cultura

www.almabrasileirapoema.blogspot.com


quinta-feira, 14 de julho de 2011

O Mar de minha adolescência

O MAR DE MINHA ADOLESCÊNCIA

Quando o mar de minha adolescência secar,
Já não serei tão adulto,
Gozarei de minha infância interior.
Já não medirei palavras,
Nem julgarei opiniões alheias,
Descansarei na dor exterior.

Quando o mar de minha infância secar,
Já não morrerei um dia com o pôr do sol,
Serei idoso demais, querendo ser adulto.
Já não meditarei em meu bojo,
Nem desafiarei meu destino
Seremos sempre intimamente (ex) amigos.

EMERSON MACIEL
Cônsul Poetas Del Mundo- Laranjeiras - SE

sexta-feira, 24 de setembro de 2010