sexta-feira, 24 de setembro de 2010

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

BIENAL DE ARTE, CIÊNCIA E CULTURA DO DCE - UFS


Acontece a partir do dia 31 de agosto e se estende até o dia 03 de setembro de 2010 a I Bienal de Arte e Cultura do DCE da UFS, com o tema: Diversidade e Integração. O cantor Dado Villa-Lobos, ex guitarrista da Banda Legião Urbana, confirmou a sua presença no show de abertura deste evento que promete sacudir a cena cultural de Aracaju. Dado, aproveitará a oportunidade para lançar seu mais recente trabalho, o álbum 'Jardim de Cacctus'. O show acontecerá no dia 31 de agosto, às 20 horas, na Concha Acústica.
Como parte da programação, artistas plásticos integrantes da AAPLASA – Associação dos Artistas Plásticos de Aracaju, estarão em uma exposição coletiva na Galeria Jordão de Oliveira – BICEN – UFS.
Palestras, oficinas, teatro, musica, são algumas das linguagens que serão ofertadas ao público universitário e a comunidade em geral. Em resumo, diversão para todos os gostos.






CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DA I BIENAL DE ARTE, CIÊNCIA E CULTURA


I BIENAL DE ARTE, CIÊNCIA E CULTURA DO DCE da UFS
Tema: “Diversidade e Integração”
De 31 de agosto a 3 de setembro de 2010.



Dia – 31 de agosto (Terça)


Tarde
12 h - Orquestra Sinfônica da UFS.
Local: Restaurante Universitário


Noite
18 h – Banda Estúdio Box & Azulejo
Ítalo Duarte e Danilo Duarte

Local: tenda Ibarê Dantas (tenda da Concha Acústica)


19 h – Apresentação do espetáculo de dança GESTO
Cia Rosa Negra de Dança
Local: Praça da didática I
19.30 – Exposição Coletiva dos Artistas Plásticos da AAPLASA.
Local: Galeria de Arte Jordão de Oliveira – BICEN - UFS


20 h – Palestra
Tema: Você quer ser escritor?
Local: Tenda Arthur Bispo do Rosário (tenda da didática I)
Palestrantes: Prof. Dr. Antônio Carlos Viana/Escritor Sergipano e Integrante da Academia Sergipana de letras.


21:30 h – Espaço CUCA
Local: Tenda Ibarê Dantas (tenda da Concha Acústica)


Banda Naurêa;
Dado Villa-Lobos/Ex - Guitarrista do LEGIÃO URBANA;
Guerreiros Revolucionários.



Dia – 01 de setembro (Quarta)



Manhã



9:30 h – Fragmento do espetáculo Mario Jorge



Cia de teatro Stultífera Navis


10 h – Palestra

Tema: Ditadura Militar no Brasil e em Sergipe
Local: Tenda Ibarê Dantas (Tenda da concha acústica)
Palestrantes: Prof. Drº. Ruy Belém; Prof. Dr. Celia Costa Cardoso – Dep. de História da UFS; Bosco Rollemberg fundador do Partido Comunista do Brasil em Sergipe.


10 h - Mostra de Cinema Orlando Vieira
Local: Auditório do Departamento de Geografia
Filme: a Definir


10 h – Oficina de Circo
Local: Tenda Arthur Bispo do Rosário (tenda em frente a Didática I).
Oficineiros: Cia AUAU de circo


11:30 h – Espaço CUCA da UNE
Roda de capoeira do projeto de extensão CAPOEIRA NA UFS;
Apresentação do grupo de teatro escola e educação no transito;
Batalhas de B.boys; Sommaria – Nação Hip - Hop Brasil.
Intervenção circense do grupo AUAU de circo
Local: RESUN

14 h – Oficina de Teatro

Local: Tenda Arthur Bispo do Rosário (Tenda em frente a Didática I)
Oficineiro: Dino – Coordenador do grupo teatral de educação no transito e Integrante da Cia Imbuaça de Teatro.


14 h - Mostra de Musica
Ingred Rodrigues – Voz e Violão
Local: Tenda Ibarê Dantas (tenda da concha acústica).


14:30 h – Palestra
Tema: Economia da cultura: Perspectivas no Brasil e em Sergipe.
Local: Tenda Arthur Bispo do Rosário (tenda da concha acústica)
Palestrantes: Profª. Drª. Verlane Aragão – Coordenadora do grupo de pesquisa em economia da cultura/Professora do departamento de economia/UFS.


18 h – Apresentação do espetáculo CAZULO e Apresentação do espetáculo REVERSO.
Cia Contempodança
Cubos Cia de Dança
Local: Praça da Didática I.


18 h – Café Filosófico e Literário
Tema: Filosofia, Arte e Sociedade: a busca pela realidade possível.
Local: Tenda Arthur Bispo do Rosário (tenda em frente a didática I)
Palestrante: Prof. Dr. Marcos Barros –Dep. de Filosofia – grupo de pesquisa ETHOS cnpq - UFS/ e Prof. Dr. Oliver Toller – Dep. de Filosofia

Noite

19 h – Espaço Orlando Silva Junior - Xadrez e Dama
Local: Praça da didática I
Oficineiro: Fabio Rocha

19:30 h – Festa Café Cabaret

Local: Tenda Ibarê Dantas (Tenda Concha Acústica)
Espetáculo de Dança: Escândalo – Grupo Lotus (Formado por alunas do 6º período do curso de dança)

Shows: Banda dos Corações Partidos
Cabedal
Dj W JAY


Dia – 02 de setembro (Quinta)


Manhã
Das 9 às 16 h – TESTE DE GLICEMIA E TESTE DE AGUIDADE DA VISÃO.
Local: Sede do DCE
9:30 h – Espetáculo Teatral
Grupo CienciARTE – Projeto de extensão da UFS sob coordenação da professora Mirna Landim – Dep. de Biologia UFS

10 h – Mesa Redonda
Tema: Os desafios da pesquisa, da inovação tecnológica, das relações internacionais e da pós – graduação na universidade Federal de Sergipe.

Local: tenda Ibarê Dantas (Tenda I – na concha acústica)

Palestrantes: Prof. Dr. Claudio Macedo – Pró-reitor de pós-graduação; Prof. Dr. Arie Fitzgerald Blank – Coordenador de Pós – Graduação; Prof. Dr. Anne Michelle Garrido Pedrosa de Souza – Coordenadora de Pesquisa; Prof. Dr. Renata Silva Mann – Coordenadora de Assuntos Internacionais e Capacitação Docente e Técnica; Prof. Dr.. Suzana Leitão Russo - Centro de Inovação e Transferência de Tecnologia.

10 h - Mostra de Cinema Orlando Vieira
Local: Auditório da Didática V
Filme: a Definir


10 h – Oficina de Dança de Salão
Local: Tenda Arthur Bispo do Rosário (tenda I – em frente a Didática I)
Oficineiros: Laís Dantas/Acadêmica do Curso de Dança Licenciatura/UFS.


11:30 h - Espaço CUCA da UNE
Almoço com a música brasileira - Jamisson Alves e Bob Zé
Apresentação Teatro do grupo de escola e educação no transito.
Local: RESUN

14 h – Oficina de Teatro
Local: Tenda Arthur Bispo do Rosário (tenda em frente a Didática I)
Oficineiro: Dino – Coordenador do Grupo de Teatro de educação no transito da SMTT


14 h – Mostra de Teatro e Dança
Companhia Convidada - Cia Espaço Liso de dança
Local: Tenda Ibarê Dantas (Tenda da concha acústica)


18 h – Café Filosófico e literário
Tema: Militância e Participação Politica
Local: Tenda Arthur Bispo do Rosário (tenda em frente a didática I)
Palestrante: Prof. Dr. Ernesto Seidl – Departamento de Ciência Sociais/UFS


Noite
19 h – Espaço Orlando Silva Junior - Xadrez e Dama
Local: Praça da didática I
Oficineiro: Fabio Rocha



19 h – Palestra
Tema: onde está o poder da educação? Ou o que a educação tem a ver com isso?
Local: tenda Arthur Bispo do Rosário (tenda em frente a didática I)
Palestrante: Prof . Dr. Rosana Santos/doutora em educação inclusiva/Universidade Federal de Pernambuco.


20:30 h – Noite do Rala coxa

Local: Tenda Arthur Bispo do Rosário

Bandas:
Rafael Benevides – Reggae;

Xotiquero – Forró;

Pilão de Pifano – Forró.


Dia – 03 de setembro (Sexta)


9 h – Teste Rápido de HIV e tenda da prevenção
Local: Sede do DCE


10 h - Mostra de Cinema Orlando Vieira
Local: Auditório do departamento de Geografia
Filme: a Definir



10 h – Oficina de Dança Educação
Local: Tenda Arthur Bispo do Rosário (Tenda em frente a didática I)
Oficineiros: Prof. Dr. Ana Angélica – Doutora em dança educação e Professora do Núcleo de Dança/Laranjeiras/UFS.

11:30 h – Espaço CUCA da UNE

Espetáculo de Teatro da escola e educação no transito
Apresentação dos Grupos Pop Gangae e Afro – Gangae.
Apresentação do Grupo de Dança Arte Livre.
Local: RESUN

14 h – Oficina de teatro
Local: Tenda Arthur Bispo do Rosário (Tenda em frente a didática I)

Oficineiro: Dino – Coordenador do Grupo de Teatro de Educação no Transito da SMTT.


14 h – Mostra de Musica e Poesia
Local: Tenda Ibarê Dantas (Tenda da Concha Acústica)

16:30 h – ATO PÚBLICO EM DEFESA DA UFS E CONTRA AS PRECARIZAÇÕES DO ENSINO.

18 h – Recital de Poesia Matuta


Resultado da oficina de teatro da I bienal
Local: Praça da Didática III e IV.


19 h – I Campeonato de Sinuca e dominó da UFS
Local: Salão da Associação Atlética Universitária – AAU/UFS.
Organização: AAU/UFS



19 h – Palestra

Tema: Politicas Públicas para Cultura

Local: Tenda Arthur Bispo de Rosário

Palestrante: Loalwa Braz – Integrante da Academia Francesa de Artes e Letras, Integrante da grupo Kaoma/Tânia Soares/Dep. Estadual/Indiara Amaral Presidente da Fundação Aperipé de Cultura.

20:30 h – Festa de Encerramento da I Bienal de arte, Ciência e Cultura e Abertura da III Olimpíadas DCE/AAU/UFS.

Local: Concha Acústica.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A KOMBI DE PROSA E POESIA

A KOMBI DE PROSA E POESIA
Carlos Conrado e Valdeck Almeida de Jesus nos apresentam um banquete de emoções e irreverências. A sinergia desses escritores é posta aqui de maneira a agradar os leitores sedentos por textos não tão convencionais e, é claro, incomodar aqueles que se julgam conservadores e incapazes de apreciar a verdadeira linguagem que trabalha na mente humana e, em especial, na mente destes dois autores que promete nos divertir.


Valdeck Almeida é um autor de múltiplas facetas, além de poeta, ele é Jornalista, editor, colunista, funcionário público federal, e também um grande promotor cultural. Autor de diversos livros, os que mais se destacam são: Memorial do Inferno - A Saga da Família Almeida no Jardim do Éden, Feitiço contra o Feiticeiro, Vozes Escritas, 30 Anos de Poesia, e outros tantos. É importante frisar também que ele possui obras traduzidas para o inglês e o espanhol e também promove um concurso de poesias o qual premia com publicação dos textos em livros que ele mesmo edita.
Carlos Conrado além de poeta adentra no universo das artes plásticas e também do teatro. Em Sergipe promove vários eventos na área cultural abrangendo várias linguagens. Publicou 4 livros, são eles: Poesia Condenada, O Aeronauta Entre a Razão e a Loucura, Visões de um Caminho e A Plêiade Antologia Poética. É editor da revista Locozines " Revista da cultura Emergente a qual se aproxima da 4ª edição.
Achou interessante? Quer adentrar no universo desta Kombi? Quer conhecer mais dos autores Valdeck Almeida e Carlos Conrado? Então não perca tempo e compre já, pois sei que vão se amarrar nas prosas e poesias que esta obra nos apresenta.



Marcelo Farias Laseña
Escritor e Crítico Literário

Site do escritor Valdeck Almeida de Jesus: www.galinhapulando.com
blog do escritor Carlos Conrado: www.conradoemtextos.blogspot.com

terça-feira, 27 de julho de 2010

Lançamento do livro Jacinta Passos, coração militante. Org. Janaína Amado


Janaína Amado, organizadora do livro Jacinta Passos, coração militante.
Sobre o evento:
Data: 06 de agosto de 2010. Sexta Feira - 18 horas
Local: Livraria do Café do Palácio Museu Olímpio Campos

sexta-feira, 23 de julho de 2010

A Hermenêutica Literária.

Criação:

Eu NÃO cREIo
Eu cRIO
MEUs RECrEIOs
.

(Juliano Beck)

· Comentário:
Trata-se de um hai-kai. O hai-kai (俳句) é um poema de origem japonesa. Constitui-se de três versos que, tradicionalmente constam de dezessete sílabas, sendo cinco sílabas no primeiro verso, sete no seguinte e cinco no último. Ao fazer um hai-kai em português não é necessário obedecer ao número de sílabas, porém é aconselhável seguir a estrutura semântica do poema, ou seja, no primeiro verso procura-se dar um sentido de imutabilidade ou eternidade, no segundo uma idéia de mutabilidade, algo como um fenômeno. Já o último verso é a síntese dos dois primeiros.
O hai-kai é uma composição simples e objetiva. Neste hai-kai o autor se valeu também da aliteração e da rima para enriquecer o poema, apenas acrescentando ou subtraindo algumas letras nos vocábulos. Podemos verificar a influência concretista que se faz presente por meio da alternância entre letras maiúsculas e minúsculas, assim como pela variação dos matizes.

· Interpretação:
Este poema exprime, à primeira vista, concomitante a negação da crença, e intrinsecamente a ela, um sentimento existencialista. O ser que não crê na metafísica, e por isso julga-se o próprio criador de seus experimentos. Experimentos estes que adjetiva como recreios, divertimentos ou prazeres, sugerindo assim uma interpretação hedonista da vida. Notamos o cuidado que teve o autor em afirmar a negação como uma idiossincrasia convicta ao demonstrá-la no primeiro verso, para retomá-la mais adiante na forma de ceticismo, como veremos mediante outras variações hermenêuticas. O segundo verso expressa o fenômeno da criação e a mutabilidade da arte de criar. Continuando com a estrutura de significação dos versos, o último sintetiza os que o precedem.
Ao analisarmos por outro prisma, destacam-se os caracteres maiúsculos do poema, sugerindo novas interpretações. O primeiro verso continua como a recusa, não se restringindo apenas à metafísica, mas a todo tipo de hierarquia, destacando-se, além do advérbio de negação, a palavra REI, como arquétipo das relações de poder. Supondo-se estar o autor divagando sobre literatura, o poeta, deste modo, nega sua condição de súdito dos vocábulos, colocando-se em seguida como o fecundador das possibilidades semânticas, forjando conotações diversas. Mas volta a colocar isto em dúvida pela própria mutabilidade do segundo verso, onde destaca a palavra RIO, como sinônimo das coisas inconstantes, variáveis e passageiras. O poema fica às margens da poesia. O poema é terra firme. A poesia transfigura-se incessantemente, desaguando na foz das interpretações. Porém a transitoriedade do RIO é tanta, que ele pode não ser um substantivo, declamando-se desdenhosamente como um verbo na primeira pessoa do singular. Tal riso desdenhoso se mostra um tanto nervoso no verso seguinte, onde não demonstra a mesma autoconfiança de outrora. Destaca-se no derradeiro verso algo que pode ser encarado não como uma confissão, mas como uma dúvida sistemática, MEU RECEIO.
Evidencia-se também a estética cambiante dos versos. O primeiro, como exposição da negação, não é merecedor de gradação alguma na coloração. Já o segundo verso, que expressa a afirmação da criação simultânea ao riso, destaca-se em tom escarlate (o que lhe é muito apropriado) a palavra cio, como um prelúdio da origem da vida. Na última linha, como a consumação do ato de criar, salientam-se em vermelho as letras que fazem referência ao deus do amor, Eros. Isto nos remete dialeticamente ao primeiro verso outra vez.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Carlos Conrado, uma pincelada em sua biografia por Marcelo Farias Lasena


Carlos Conrado
Uma pincelada em sua biografia
(A partir de entrevistas com Áurea Albano e o próprio Carlos Conrado.)


Foi em Ourolândia – Bahia que, após os galos tecerem a manhã, José Carlos Conrado da Silva saiu do enegrecido ventre de sua mãe Marinalva Catarina da Silva para ser entregue aos braços da luz acolhedora. Essa luz que o acolheu foi a mesma que o feriu. Aos 2 anos de idade sentiu na pele a dor do abandono. A sua mãe que antes era casada com o Sr. Erasmo Conrado da Silva, resolveu sair de casa numa noite de chuva e trovoadas em busca de novas terras com o seu novo homem. O pai de Carlos que, do berço da pobreza era filho, teve que dar um rumo diferente a cada criança. O menino mais velho teve a sorte de viver com ele. Já as outras crianças... Foram divididas em diferentes partes do sertão baiano. Nessa distribuição, dois ficaram na cidade do Morro do Chapéu. Já o Carlos Conrado... um menino de joelhos face a face e lingua presa, certo dia o velho decide dar um rumo diferente para este, e com o sonho de que o moleque possa ser (alguém), ele o leva para uma cidade um pouco mais evoluída dentre aquela região. Ao sair de casa com um bocapiu (sacola de feira feita com fibra de coqueiro) no ombro, dentro deste algumas roupinhas, poucas balinhas e um pacote de macarrão, ele procura desesperadamente, como quem quer livrar-se de um peso, alguém que se sensibilize com a situação do garoto. Peregrinando pelas ruas de Jacobina, ele vai passando de porta em porta fazendo sempre a mesma pergunta.

- Com licença, meu senhor e minha senhora, por acaso alguém poderia criar esse menino?

Nessas andanças pelas ruas, apenas uma senhora de coração puro e nobre ficou

sensibilizada com a situação de Carlos. Como todo começo pode ser variado, ora pode ser calmo e ora pode ser turbulento, o seu começo nessa nova família não foi nem um tanto positivo.

Nosso poeta foi levado por essa senhora até o seu novo lar. Era um apartamento no centro da cidade. Naquele dia toda a família estava reunida para o almoço. Não era sempre assim, mas aquele era um dia muito especial. Era Dia dos Pais. Quando pôs o seu pequenino pé para dentro do apartamento, bocas ficaram entreabertas, olhos arregalados e algumas pessoas paralisadas. Diante daquele espírito de surpresa e espanto, o menino que mal caminhava, mal entendia o que estava acontecendo. Sujo e mal vestido, despertou em algumas pessoas o preconceito. Mesmo assim, a sua nova mãe não se intimidou, encarou a todos com muita coragem.

Com seis anos foi à escola, inda trocando as pernas, (nesta mesma fase fez cirurgia nos joelhos e passou um bom tempo usando botas). Fez também a cirurgia na lingua e algumas sessões com um fonoaudiólogo para aprender a falar corretamente. Estudou num colégio mantido por uma paróquia do município. Foi convidado para ir a Holanda e iniciar num Seminário. Teve tudo para ser um sacerdote leal ao catolicismo. Mas aos doze anos, após sair da escola, ele vai à procura de alegria nas ruas. Diante delas, descobre um vasto mundo de novidades. Entrou no mundo das drogas, passando pouco tempo nessa fase. Perdeu um dos seus melhores amigos nessas buscas pelo êxtase da mente através de entorpecentes. Sofrendo, decidiu isolar-se por uns tempos, procurou a cura de sua dor através do silêncio. Foi a partir dessa fase que surgiu o seu dom pela arte de desenhar, pintar e escrever. Com um comportamento autista, passava horas na frente da TV fotografando tudo aquilo que era do seu real interesse. Aos 13 anos, participou pela primeira vez de um concurso de poesias, obtendo, por mérito, o 1º lugar. Aos 14, mudou-se para Aracaju-SE. Estudou a maior parte do seu ginásio no Colégio de 1º e 2º Graus Dom Luciano José Cabral Duarte. Desenvolvendo vários projetos na parte política e artística. Aos 16, participou do XIII Salão dos Novos, Galeria Álvaro Santos – Aracaju - SE. Nesse mesmo ano, deixou-se enfraquecer aos domínios da depressão que o levaram a tentar suicídio pela primeira vez, e mergulhou também no mundo da escuridão -sua fase negra, que o levou a adorar deuses das trevas, e a viajar na

melodia do equívoco. Ao perceber o grande atraso que dera em sua vida, ele decide buscar a libertação. Iniciou-se nos estudos de novas religiões, que deram a ele uma nova visão sobre a deidade suprema. Desligou-se do Cristianismo - em especial do Catolicismo, e mergulhou de coração no paganismo. Passou pelo Candomblé, Umbanda, colheu frutos no Budismo. Mais tarde, exercitando e adorando somente a magia branca, aproximou-se dos deuses do panteão céltico, Danna e Kernunnos se transformaram em seus guias espirituais.

Coordenou junto a outras mentes brilhantes, grandes movimentos pagãos no Estado: os encontros pagãos do PNT (Pega-no-Tranco), a criação do Coven Belo Caminho, alguns grupos de estudos e também Grupos Virtuais de discussão. Ainda no correr do ano, ampliou seus dons para as artes cênicas. Estudou por 3 anos na Escola Municipal de Artes da Funcaju – Fundação de Cultura e Arte. Estreou o seu primeiro espetáculo, Um Dia Daqueles, no Teatro Atheneu em Aracaju. Atuou no espetáculo O Cordeiro da Lã Dourada, também pela Funcaju. Aos 17, entrou para o Grupo Imagem. Ajudou no cenário do Espetáculo O Romance do Sol com a Lua, atuou na Peça Busca e trabalhou como fotógrafo oficial do grupo. No Grupo Vitral, foi coautor do texto O Mundo em Busca, o qual, também encenou. Aos 18, ingressou na Arcádia Literária Estudantil, ocupando a cadeira de nº35 cujo patrono é o dramaturgo Dias Gomes. Aos 19, voltou a aceitar Cristo através da Doutrina Espírita Kardecista, ingressou na ASAP (Associação Sergipana de Artistas Plásticos) ficando no cargo de Diretor de Comunicação. Na mesma época, o seu poema “Deus e a América” foi agraciado pelo 3º lugar no Concurso Interno de Poesias da Arcádia. Participou de várias coletivas de Artes Plásticas em Aracaju: Festa dos Arteiros, Coletiva de Esculturas do CULTART (Centro de Cultura e Arte), Coletiva da ASAP-CULTART e Tribus Visuais 2005 - Galeria Jenner Augusto- Sociedade Semear. Aos 20, foi um dos Fundadores da Casa do Poeta Brasileiro em Aracaju exercendo o cargo de Diretor de Eventos. Participou de outras marcantes exposições como a Mostra Sem Fronteiras- Intercambio Bahia e Sergipe - Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana. Aos 21, sua idade atual, ingressou no CPL - Clube de Poetas do Litoral - Baixada Santista-SP.


Falar de Carlos foi um dos meus grandes desafios. Espero que eu não o tenha magoado expondo um pouco de sua trajetória. Agradeço ao espaço cedido e digo: “Amigo, você é um presente para a cultura brasileira”.

Marcelo Farias Lasena. 20/04/2007
Critico Literário e Ensaísta. in: Poesia Condenada - Carlos Conrado

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Carlos Conrado Presidente do Movimento Cultural Internacional A Plêiade entrevista a poetisa Luciana Tannus




Carlos Conrado Presidente do Movimento Cultural Internacional A Plêiade entrevista a poetisa Luciana Tannus
Luciana é mineira de Belo Horizonte e atualmente vive em Aracaju, Sergipe, divulgando sua poesia e contribuindo com o seu pensamento em projetos ligados a area cultural desta cidade e, claro, intercambiando-o com os lugares por onde passa.

Primeiramente gostaria de te agradecer pela disponibilidade de ser entrevistada por mim. Como dizem os alemães: “Guten Tag”, boa tarde! Será de grande valia poder conhecer um pouco mais sobre ti.

Quem é Luciana Tannus?

Alguém com muita disposição para aprender e ajudar.

Como descobriu a poesia?


Eu sempre gostei muito de ler e escrever. Mas a poesia, realmente, começou a ganhar espaço em minha vida na adolescência e acho que tem uma explicação biológica para isso, pois eu estava passando por uma fase de transformações hormonais e com ela a ansiedade, a crise existencial, os sentimentos reprimidos, enfim, tudo isso me inspirou muito na criação de meus primeiros versos. Era uma forma de exteriorizar tudo o que eu sentia. Por outro lado, a gene fala mais alto quando se tem um avô que fora amante da literatura e da arte.

Quais foram suas primeiras influências para a composição dos seus textos?


Eu sempre escrevo o que sinto, a maneira como eu vejo o mundo e as pessoas e o que me dói à alma. Mas confesso que foram tantos os poetas das quais eu convivi na minha infância e juventude, que há traços de todos eles em tudo que faço e escrevo.

Em qual escola literária poderíamos relacionar o conjunto de suas obras?

A princípio, o Modernismo.

Já publicou algum texto seu em livro, jornal ou revista?


Sim, participei da Antologia Poética, “Nós da Poesia”, lançada na Bienal Internacional do Livro No Rio de Janeiro, em setembro de 2009, pela All Print Editora (SP), uma iniciativa do Instituto Imersão Latina.

Algumas publicações em Novos Talentos da Literatura Brasileira de Autores contemporâneos. Participo também da Antologia Poética “A Plêiade – Tributo a Paz, organizado por Carlos Conrado e Talita Fontes, em Aracaju/SE. No Caderno Lítero Cultural do Jornal “Alto Madeira”, em Porto Velho, de nosso querido e amigo poeta, Selmo Vasconcelos. No Jornal “O Liberal”, de Laranjeiras/SE, no qual tive o prazer de ser convidada por outro amigo poeta, Emerson Maciel, a participar com minhas poesias. E também em várias páginas e redes sociais para escritores na internet.

Pretende lançar ou já possui algum livro solo?

Este tão esperado filho que darei à luz tem sido trabalhado de forma paciente e cautelosa. Mas em breve terei orgulho de apresentar-lhes o primogênito.

Dos imortais da Literatura Universal, Qual o seu autor preferido?

Vou responder alguns nacionais e internacionais: Guimarães Rosa, Fernando Pessoa, Stanislaw Ponte Preta, Graciliano Ramos, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Adélia Prado, João Cabral de Melo Neto...
Gabriel García Marquez, Pablo Neruda, Marquês de Sade, Júlio Verne, Shakespeare, Humberto Eco...

Da Literatura Contemporânea qual autor você mais se identifica?

Ferreira Gullar, Jorge Tufic e Clevane Pessoa.

Se precisasse incentivar alguém a escrever ou a ler, o que você diria?

Escrever é uma necessidade, no entanto, não se obriga a ninguém a tal tarefa árdua, escrever dói. Mas eu diria que para se escrever é necessário ler. Uma ação complementa à outra.

Além da paixão pela arte de escrever, existe alguma outra que você poderia citar?


Viajar o mundo, explorar lugares exóticos e civilizações antigas.



Existe Algum Projeto na área cultural que pretende executar?

Sim, tenho muita vontade de montar uma biblioteca onde às pessoas pudessem se encontrar, trocar ideias, ler muito e realizar saraus.

Descreva a sua visão sobre como é tratada a cultura no Brasil hoje em dia.

Com descaso. Não há uma política de incentivo à Cultura e quando ocorre algum tipo de evento, na maioria das vezes há um grande interesse político por trás disso. Não vejo ser essencialmente por amor à arte. Temos tantas vias de comunicação eficazes e mal usadas “por conveniência”. A televisão, por exemplo, eu tenho preguiça de assistir aos programas porque é alienante, um lixo.

Faz parte de alguma instituição cultural?


Represento a CAPPAZ – Confraria Artistas e Poetas pela Paz – em Sergipe. Sou Embaixadora Universal da Paz no âmbito do Círculo dos Embaixadores da Paz – Suisse/France e Cônsul Poetas Del Mundo.

Onde é possível encontrar seus textos?

http://lucianatannus.blogspot.com
http://expressopoesias.blogspot.com


Bem, Acho que isto basta! Como desconfiava, você é sem dúvidas uma grande poetisa e mulher. Obrigado por me conceder o privilégio de conhecê-la melhor. Os leitores também irão agradecer! Paz e bem, sempre. “Alles guten!”


Carlos Conrado
Aracaju/Se
01/05/2010

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Fala Escritor em prosa e poesia




Fala Escritor em prosa e poesia



Oitava edição do projeto contará com o lançamento do primeiro livro escrito por seus idealizadores



Os poetas do Fala Escritor lançará sábado, dia 8 de maio, ás 18h, na Livraria Saraiva Mega Store do Shopping Salvador, o primeiro livro do projeto, que reúne textos em prosa e poesia dos organizadores do evento: Carlos Souza, Fátima Ferreira, Grigório Rocha, Leandro de Assis, Monique Jagersbacher, Renata Rimet, Valdeck Almeida de Jesus e a convidada especial Sandra Stábile. A programação conta, ainda, com o lançamento de A fome de íbus - Livro do Dentes-de-Sabre, de Albarus Adreos. Esta edição do Fala terá a apresentação do jornalista Carlos Souza e participação especial do historiador Tássio Revelat. A parte musical fica por conta de Dé Barrense, cantador das raízes nordestinas do Brasil.

Fala Escritor Em Prosa e Poesia – Um livro escrito com a alma, na qual seus idealizadores dão uma pequena mostra do universo de cada um, brindando o leitor com uma gama de estilos, traços e composições: a poesia abnegada e otimista de Carlos Souza, a prosa reflexiva de Fátima Ferreira, a arte ora romântica ora irônica de Grigório Rocha, a singular leitura da realidade expressa na poesia e na prosa de Leandro de Assis, o lirismo sutil, delicado e, vez por outra, ácido de Monique Jagersbacher, a poesia carregada de sensações, lirismo e imagens poéticas de Renata Rimet, os sentimentos expressos em versos de Sandra Stábile e a poesia humana, de uma pena que se comove com as mazelas da vida, de Valdeck Almeida de Jesus.
O já tradicional recital vem com os poetas: Aloísio Lisboa, Carlos Alberto Barreto, Dante Barbosa, Dulce Moreira Sampaio, Ester Ferreira, Everton Lima, Geovane Sobrevivente, Janaína Oliveira, Jayme Poeta, Jônatas de Souza, Josué Ramiro, Luiz Silva da Silva e Silva, Nelson Santana, Pareta Calderasch, Paulo Fernando, Pinho Sannasc, Rosana Paulo, Vera Passos, entre outros.

Os Autores:

CARLOS SOUZA - Jornalista, mercadólogo e radialista. Autor do Livro Revolução Pessoal – Seu Próximo Desafio. Tem participação em mais de 10 antologias literárias. É articulista de vários jornais. É verbete do Dicionário de Autores Baianos da Secretária de Cultura e Turismo e da Enciclopédia da Literatura Brasileira Contemporânea – Volume XIV 2009. Membro da Academia de Cultura da Bahia
FÁTIMA FERREIRA / FAU FERREIRA – Filósofa formada pela UFBA, Escritora, Roteirista, Professora e Estudante de Produção Audiovisual pela Unijorge.

GRIGÓRIO ROCHA - Artista plástico formado pela UFBA, especialista em Metodologia do Ensino Superior pela UNEB e graduando em Ciências Sociais, também pela UFBA. Funcionário da Embasa, é diretor de imprensa do Sindae-BA e diretor regional do Dieese-BA.

LEANDRO DE ASSIS é Escritor, Poeta, Professor de História e Bombeiro Militar. Autor dos livros Eu Sou Todo Poema, Câmara Brasileira de Jovens Escritores, em Julho de 2007 e InQuIeTaÇõEs, publicado pela Ponto de Cultura Editora em 2009 e lançado na IV edição do Fala Escritor. Participa das edições III e IV do Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus de Poesia, idealizador do Projeto Fala Escritor.

MONIQUE JAGERSBACHER - começou a escrever pequenos contos já na infância e aos 12 anos iniciou-se na arte poética. Criou em 2007 o blog Poesias de Calliope, através do qual vem publicando periodicamente seus poemas sob o pseudônimo de Delirium.

RENATA RIMET é Administradora de Recursos Humanos. Atualmente cursa Licenciatura em Letras. Natural de São Paulo reside em Salvador desde os 14 anos. Possui participação em algumas coletâneas, além de textos diversos publicado no site www.recantodasletras.com.br e blog pessoal.

VALDECK ALMEIDA DE JESUS - Jornalista, funcionário público, editor de livros e palestrante. Membro correspondente da Academia de Letras de Jequié e efetivo da União Brasileira de Escritores. Foi nomeado Embaixador Universal da Paz, em janeiro de 2010. Publicou os livros Memorial do Inferno: a saga da família Almeida no Jardim do Éden, Feitiço contra o feiticeiro, Valdeck é Prosa e Vanise é Poesia, 30 Anos de Poesia, Heartache Poems, dentre outros. Participa de mais de 60 antologias. Organiza e patrocina o Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus de Poesia, desde 2005, o qual já lançou mais de 500 poetas. Expõe seus textos no site www.galinhapulando.com

SANDRA L. STABILE QUEIROZ é natural de Salvador-BA, formada em Administração de Empresa, Escritora, Editora e poeta. Presidente do PABRA – Projeto Alma Brasileira e do POLIESCO - Poesia Livre na Escola, que tem como objetivo incentivar a leitura na escola. O Projeto já lançou três Antologias, duas de Poemas e uma de Crônica e um concurso de poesia. Está escrevendo seu primeiro livro solo infantil. Participação em varias Antologias.

Serviço

O que: Projeto Fala Escritor – Oitava edição
Onde: Livraria Saraiva Mega Store do Salvador Shopping (Espaço Castro Alves)
Quando: Dia 8 de maio (sábado), às 18h.
Preço do livro: R$ 15

Informações: (71) 8831-2888 / 8189-0612